A devida higienização das mãos, ambientes e alimentos é uma prática que evita inúmeras doenças e a perigosa contaminação cruzada. Por isso, muito antes da pandemia de coronavírus, manter as áreas limpas é uma atitude responsável e que está nitidamente ligada à saúde.

Afinal, somente dessa maneira é possível eliminar bactérias e microrganismos que podem estar presentes nas superfícies e nos alimentos. Para você entender mais sobre o assunto, vamos explicar neste post no que consiste essa contaminação e como evitá-la. Confira!

O que é a contaminação cruzada?

A contaminação cruzada, como o próprio nome diz, ocorre quando há transferência de microrganismos contaminantes, de um determinado local, superfície ou alimento, para outro local, superfície ou alimento, através de utensílios, equipamentos, mãos e outros, contaminando-o.

Isso pode acontecer quando um produto entra em contato com outro produto, entre seus ingredientes ou através de utensílios ou equipamentos sem higienização, pela utilização de uma mesma superfície, pelo toque de mãos contaminadas ou por ambientes contaminados.

Para exemplificar melhor, podemos citar num processo produtivo, quando um alimento ou medicamento a ser fabricado é contaminado por traços de ingredientes ou substâncias de um produto produzido antes naquele equipamento, podendo provocar problemas de saúde para quem tem intolerância.

Quando cortamos uma proteína animal crua e utilizamos, em seguida, a mesma faca para cortar um alimento pronto para o consumo, sem higienizar o utensílio, podemos causar doenças transmitidas por alimentos (DTA). Ou, ainda, quando tocamos em superfícies ou objetos contaminados e, sem higienizar as mãos, tocamos em outras superfícies e objetos não contaminados.

A contaminação cruzada pode ser direta ou indireta. A contaminação cruzada direta se dá pelo contato físico direto de um alimento ou produto contaminado para outro. Já a contaminação cruzada indireta, ocorre quando manipulamos alimentos ou produtos numa mesma superfície ou com um mesmo utensílio ou equipamento.

Após contaminado, o paciente pode apresentar desde diarreia, mal-estar e vômito até situações mais graves, como viroses e doenças por botulismo e a cólera. Situação que tem se agravado no século XXI em razão do crescimento populacional, pobreza, exportações de alimentos e outras questões que influenciam na segurança alimentar.

Como a contaminação cruzada acontece?

Além da falta de higienização adequada dos alimentos, utensílios e equipamentos, a contaminação cruzada pode acontecer por conta de más condições de saneamento, baixa qualidade da água para consumo, práticas inadequadas de higiene pessoal, além de falta de cuidados com a limpeza de ambientes, como cozinhas e banheiros, ou ainda áreas de procedimentos hospitalares e farmacêuticos.

São locais que necessitam de uma higienização mais atenciosa, com produtos de limpeza de eficiência comprovada para evitar que o problema aconteça, mesmo porque geralmente há causadores da contaminação por perto.

A contaminação cruzada é tão séria que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada dez pessoas adoecem contaminadas por este meio. Além disso, essas doenças podem ser fatais, principalmente quando afetam crianças menores de 5 anos. Segundo a OMS, ocorrem 420 mil mortes por ano no mundo em razão da DTA. Nas três Américas, 95% das diarreias têm origem na contaminação cruzada.

No Brasil, por ano, a Vigilância Epidemiológica registra 13 mil casos das doenças, com cerca de 10 mortes em um universo de 700 surtos. Já nos Estados Unidos, 3 mil pessoas morrem anualmente por contaminações transmitidas pelos alimentos.

O que fazer para evitar a contaminação cruzada?

Sabendo-se que grande parte da contaminação cruzada é causada por bactérias, como a salmonela, além de toxinas, nada melhor do que sempre higienizar corretamente os alimentos, as superfícies e os ambientes, principalmente estoque e câmaras frigoríficas.

Deixe os alimentos a serem consumidos crus, como frutas, verduras e legumes imersos em solução de hipoclorito de sódio por 15 minutos e, depois, lave-os em água corrente. Higienize bem, antes e depois de cada uso, bancadas, pias e os utensílios.

Além disso, há outras atitudes que devem ser priorizadas, como veremos agora.

Tenha um programa de higiene

Apesar de ninguém ver a olho nu as bactérias, vírus, parasitas e mais microrganismos, eles existem e estão presentes em nossas mãos, nas superfícies, como pias e bancadas, nas panelas e recipientes, nas tábuas de cortar, nos copos e talheres, no chão da cozinha e até mesmo na mesa.

O exemplo do coronavírus é o mais recente de como o ser humano se enfraquece quando é infectado por algo estranho que invade o organismo.

Apesar de serem diferenciadas, ambas as doenças necessitam de medidas de higiene para serem combatidas. No caso da contaminação cruzada, a preocupação é com as consequências de cada doença, que na sua maioria atacam o estômago e o intestino, causando dores abdominais, febre, náuseas e vômito.

Portanto, manter um programa de higiene é fundamental. Faça a correta higiene pessoal, limpe adequadamente as superfícies, lave sempre os utensílios e equipamentos, higienize bem os alimentos e mantenha todos ambientes impecáveis com produtos de limpeza certificados.

Armazene corretamente os alimentos

Outra dica essencial é manter um armazenamento correto dos alimentos. Guarde-os sempre em recipientes próprios, fechados, etiquetados com data de validade e na temperatura adequada.

Retire as embalagens secundárias, como caixas de papelão e não armazene produtos diferentes nas mesmas embalagens.

Use EPIs

A utilização de touca, avental, luvas e máscara é mais uma atitude adequada que previne a contaminação cruzada. Os equipamentos de proteção individual (EPIs) devem ser usados pelas pessoas que trabalham tanto na limpeza quanto na preparação dos alimentos.

Os ambientes diferenciados, como chão, pia, azulejos, entre outros, devem ser higienizados com muita atenção, sempre com o uso de produtos específicos para cada superfície e indicação e que eliminem, de forma eficiente, bactérias e microrganismos.

Além disso, nunca compartilhe copos ou talheres e oriente sempre os colaboradores da sua empresa a adotar medidas preventivas. Afinal, prevenir é muito melhor do que remediar.

Se a sua empresa é da área de alimentos, hospitalar ou farmacêutica, os cuidados devem ser redobrados.

O que acontece se os cuidados não forem adotados?

A falta de cuidados para evitar a contaminação cruzada pode levar um empresário à falência ou, até mesmo, à morte de alguma pessoa.

Isso porque se for comprovado o descaso com a higiene em um restaurante, por exemplo, o dono pode ser processado, além de receber várias multas ou ser interditado pela Vigilância Epidemiológica.

Como os consumidores estão atentos e divulgam tudo nas redes sociais, é bem provável que o estabelecimento tenha uma rápida repercussão negativa, afastando os clientes.

Além disso, as empresas que não adotam os procedimentos de limpeza acabam sendo mal vistas pelos clientes, colaboradores e fornecedores, podendo inclusive ser multadas.

Assim, a melhor orientação em prol da saúde e do bem-estar de clientes e colaboradores e do reconhecimento de um bom atendimento é sempre oferecer ambientes higienizados e desinfetados, com a certeza de que os riscos da contaminação cruzada estão zerados.

Viu como é importante sempre adotar medidas preventivas na limpeza de vários ambientes e com os alimentos? Gostou do nosso post? Então aproveite e compartilhe-o agora mesmo em suas redes sociais!

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